BOM DIA FREAMUNDE
FREAMUNDE é mesmo assim
Tem contrastes muito velhos
Só um pequeno jardim
E tantos cravos vermelhos...
Onde esta voz se levanta,
embora esteja lá eu,
é FREAMUNDE quem canta
porque eu sou um filho seu.
Aqui na televisão
ou noutro qualquer lugar,
cantamos por ter razão
não cantamos por cantar!
Teatro, música e letras,
pinturas que não são tretas,
bombeiros e futebol.
Temos aqui disso tudo
menos as mãos de veludo,
é da cor de Abril o sol!
ASSOCIAÇÕES
FUTEBOL
FREAMUNDE é mesmo assim
Tem contrastes muito velhos
Só um pequeno jardim
E tantos cravos vermelhos...
Solarica (1988)
embora esteja lá eu,
é FREAMUNDE quem canta
porque eu sou um filho seu.
Aqui na televisão
ou noutro qualquer lugar,
cantamos por ter razão
não cantamos por cantar!
Teatro, música e letras,
pinturas que não são tretas,
bombeiros e futebol.
Temos aqui disso tudo
menos as mãos de veludo,
é da cor de Abril o sol!
Rodela ("Nacos de Vida") - 1991
ASSOCIAÇÕES
FUTEBOL
Ai que lindo foi de ver
Alegria deste povo
Acordar e ver crescer
A relva do campo novo.
Rodela (Jogos florais Fredemundus/1989)
Setembro de 1989 (preparação de "caixa" para arrelvamento do campo novo)
COLUMBOFILIA
Meu "Lilás" de Viana, pombo louco,
linda anilha doirada do pombal,
tenho ainda o teu sangue mas já pouco,
quem me dera do puro um só dedal.
Em dias de concurso ia o "Mundana"
os olhos a brilhar de satisfeito,
desabafar p'rá tasca do Viana:
«o meu "Lilás" é um pombo de respeito».
Mas num dia de chuva e má sorte
o "Lilás" fez o concurso p'rá morte,
ali já bem pertinho do seu ninho.
A casa do "Mundana" estava triste,
desolado sem chorar não resiste
ao ver ali o ninho tão sozinho.
Rodela (Homenagem ao saudoso columbófilo, "Mano Careca")
POMBO LILÁS
O "Campeão", Hermano Marques Ribeiro "MANO CARECA", na hora da consagração
FESTAS
Se as festas Sebastianas
Fossem aqui mais ao lado,
' Inda que não tão bacanas,
Seria em julho o "feriado".
akambra ktêmos (Jogos florais "Fredemundus" - 1987)
Cortejo cheio de raça
Vacas de fogo a granel,
Um caldo verde na praça,
Valente sessão de mel.
Fernando "Lacerda" (Concurso quadras Sebastianas/90)
São tantos bombos no centro
Da nossa vila a tocar,
Que a festa anda cá dentro,
Mesmo depois de acabar
Rodela (Concurso quadras Sebastianas/90)
Às Sebastianas vim
E perdi meu coração,
Passaram anos por mim,
Voltei com filhos na mão
Adriana Guimarães - Porto
Já foi do Mártir, outrora
Festa da Vila, eu sei lá
Sebastianas, agora...
Sempre a melhor, amanhã
ACRPN - Fernando "Lacerda" - 2003
O povo vai descansar.
E ainda mal se deitou,
ouve a "alvorada" a lembrar
que a festa não acabou...
ACRPD - Fernando "Lacerda" - 2004
Passa a Banda pela rua
Anda a música no ar
E esta colcha que flutua
Faz da janela um altar
ACRPD - Domingos Cardoso (Ílhavo) - 2005
Sebastianas, magia,
Há fogo, luz, procissão
E cortejo. Oh! Poesia
A brotar do coração
ACRPN - Maria José Silva (Paredes) - 2006
Portugal, onde o sol brilha,
Entre cantos e hossanas
Tem mais outra maravilha:
As Festas Sebastianas!
ACRPD - Glória Marreiros ( Portimão) - 2007
Foram forças sobre-humanas
Mãos dadas, uma só voz...
Nas Festas Sebastianas
Há mil pedaços de nós.
ACRPD - Maria Cecília Franco (Lisboa) - 2008
Tenho um filho e dou-lhe afecto.
S'crevi um livro, com ganas
Cresce a árvore mas, completo
Só sou nas Sebastianas!
ACRPD - Glória Marreiros (Portimão) - 2009
"SEBASTIANAS" - 1957
SEBASTIANAS - "NOITE" DE BOMBOS
FEIRAS
Tem destas contradições
este pequeno torrão:
um povo a criar capões
com fama de engatatão
D. Juan
Vá comprar o seu capão
Dia treze não se importe...
Não ceda à superstição:
Treze, em Freamunde, é sorte
Dia 13
Cá tenho as minhas razões.
Ou eu não fosse mulher...
Vendo p'ra fora os capões
que em casa ninguém os quer.
34º Poeta
Pediram p'ra te cantar
Bela terra dos capões
Rimei paz com trabalhar
E mexi nos teus brasões.
Orlanda Brito (Jogos Florais - 1989)
"Capões" - Feira de Stª LUZIA ou dos CAPÕES
FREAMUNDE: A NOSSA TERRA
Na minha terra ainda se ouve o sino
a tocar pela manhãzinha
estremecendo o sono deitado na sombra
a convidar ao caminho p'ra vida.
E o povo da minha terra até sabe
que o ouvir-se melhor o canudo
pronuncia chuva ou humidade.
O povo da minha terra não estudou meteorologia
nem sabe qual a velocidade do som
no ar seco ou no ar húmido.
Aprendeu no joelho da vida
e ter sempre razão.
Venha a ciência rejeitar o senso comum
mas o povo da minha terra tem sempre razão.
Rosalina Oliveira ("O Povo da Minha Terra" - 1992)
FREAMUNDE, Terra amada,
Meiga sombra de arvoredos,
Murmúrio de água encantada,
Escrínio dos meus segredos.
Arlequim (Jogos Florais "Fredemundus" - 1987)
FREAMUNDE antigo - Praça do Mercado
FREAMUNDE, o que te asseia
É essa tua humildade,
Um sentimento de aldeia
Num coração de cidade!...
Pardal (Jogos florais "Fredemundus - 1988)
A carolice, o bairrismo,
a vontade, o pundonor,
o querer e o dinamismo,
são de FREAMUNDE, o motor.
Arlindo Pinto (Felgueiras) - Jogos florais Fredemundeus/91
VISTA PARCIAL DO CENTRO DE FREAMUNDE
Idealizou. Deu o talho.
Rasgou terras. Fez estudo...
-P'lo fruto do seu trabalho
Em Freamunde há de tudo.
"Fredemundus" - Arlindo Pinto (Felgueiras) - 1990
Neste palco que é real
O actor, mesmo que mudo
Exprime a frase fatal:
Em Freamunde há de tudo
"Fredemundus" - José Leal - 1990
"Cultura, trabalho e paz"
Poema azul, nosso rumo.
Um povo humilde que faz
Da vida um fio de prumo.
Sangue azul (Jogos florais "Fredemundus"- 1988)
Anterior BRASÃO DE FREAMUNDE
Com PAZ, TRABAHO E CULTURA
Na legenda do brasão,
FREAMUNDE faz figura
Na figura dum capão.
Figurão (Jogos florais "Fredemundus" - 1987)
Atual BRASÃO DE FREAMUNDE
LUGARES MÍTICOS DE FREAMUNDE
Sou um pintor popular
Mas não tem preço esta tela:
Num fundo azul vou pintar
O bairro da Gandarela
1987 - Fonte dos Moleiros (Jogos Florais "Fredemundus")
Meu estilo é popular.
Sem ser Quim Bica ou Rodela,
eu sei "pintar" e "cantar"
as gentes da Gandarela
1987 - Estilista (Jogos florais "Fredemundus")
Vista parcial da "GANDARELA"
Junto ao "Café Popular"
FREAMUNDE tem mais dor,
Se perde foi por azar,
Quando ganha é o maior!
Zé da bola (Jogos florais "Fredemundus"- 1988)
O antigo e já inexistente "CAFÉ POPULAR"
Velha fonte dos moleiros
Recanto de fresquidão
Onde eu vi os sardinheiros
Trocar sardinhas por pão.
1988 -Chicharro (Jogos florais "Fredemundus")
1963 - Quadro da opereta "GANDARELA"
Que prazer o dos velhinhos
Nas grades da nossa Praça
Sambando com os olhinhos
Quando o cortejo ali passa.
Dina Zita Leal (Concurso quadras Sebastianas - 1991)
Recordo já com saudade
A Praça com seus banquinhos
Recanto da mocidade
Repouso para os velhinhos.
José Augusto Leal (Jogos Florais - 1991)
Antiga PRAÇA demolida nesse mesmo ano de 1991
Agrelo, daquele abraço
que à noite nos viste dar
resta no ventre um pedaço
duma noite de luar.
Se um incauto forasteiro
tua bica for "beijar"
Agrelo, se for solteiro
tem sede de cá morar...
Bica do AGRELO, no lugar de Stª Cruz.
GENTE DA NOSSA TERRA
Esta gente que aqui está
é gente da nossa terra,
que pode nem ser de cá,
mas está pronta para a guerra.
Morem aonde morar,
dentro do seu pensamento,
ouvem os sinos chamar,
mesmo que não haja vento.
São bairristas verdadeiros,...
soldados,... e justiceiros...
vendo o "quartel" em perigo
dão, se for preciso a vida
p'la sua terra querida
p'ra correr com o inimigo!...
CECÍLIA "LOREIRA" - Bairrista verdadeira
Quando o Toninho Nogueira
fazia o rosto corar,
nenhuma Banda p'la beira
batia a nossa, a tocar.
Este filho cá da gente,
nesta sua Banda amada
foi desde aluno a regente,
sempre de cara lavada.
Ainda hoje a chorar
a gente ouve perguntar
onde a Banda se desloca
pelo Toninho Nogueira
e há quem jure ali à beira!
está no que a Banda toca.
Agrelo, daquele abraço
que à noite nos viste dar
resta no ventre um pedaço
duma noite de luar.
A. Conté S.
Se um incauto forasteiro
tua bica for "beijar"
Agrelo, se for solteiro
tem sede de cá morar...
7 bicas
Agrelo dos meus pecados!...
A sede de ter um lar
matei-a aí, p'los teus lados,
sentindo a fonte secar...
Barro fraco
Não resisti a provar.
Agrelo, tanto bebi
que não bastou cá ficar.
Já digo que sou daqui.
Du CarvalhalBica do AGRELO, no lugar de Stª Cruz.
GENTE DA NOSSA TERRA
Esta gente que aqui está
é gente da nossa terra,
que pode nem ser de cá,
mas está pronta para a guerra.
Morem aonde morar,
dentro do seu pensamento,
ouvem os sinos chamar,
mesmo que não haja vento.
São bairristas verdadeiros,...
soldados,... e justiceiros...
vendo o "quartel" em perigo
dão, se for preciso a vida
p'la sua terra querida
p'ra correr com o inimigo!...
Rodela (Gente da Nossa Terra - poesia ilustrada) - 2013
CECÍLIA "LOREIRA" - Bairrista verdadeira
Quando o Toninho Nogueira
fazia o rosto corar,
nenhuma Banda p'la beira
batia a nossa, a tocar.
Este filho cá da gente,
nesta sua Banda amada
foi desde aluno a regente,
sempre de cara lavada.
Ainda hoje a chorar
a gente ouve perguntar
onde a Banda se desloca
pelo Toninho Nogueira
e há quem jure ali à beira!
está no que a Banda toca.
2001 - Rodela (O NOSSO TONINHO NOGUEIRA - Pedaços de Nós)
TONINHO NOGUEIRA à frente da "sua" BANDA
A loja do Venturinha
tem de tudo quanto há
desde a piada fresquinha
ao pacotinho de chá.
Nem o livro dos fiados
naquela loja acabou,
os tempos foram mudados
mas lá sempre se fiou.
Quem lá comprar ou vender
se não leva, vai trazer
sempre mais sabedoria.
Os clientes que lá vão,
vão lá por esta razão
não é só porque se fia.
A loja do Venturinha
tem de tudo quanto há
desde a piada fresquinha
ao pacotinho de chá.
Nem o livro dos fiados
naquela loja acabou,
os tempos foram mudados
mas lá sempre se fiou.
Quem lá comprar ou vender
se não leva, vai trazer
sempre mais sabedoria.
Os clientes que lá vão,
vão lá por esta razão
não é só porque se fia.
2001 - Rodela ( A LOJA DO VENTURINHA -Pedaços de Nós)
A loja do "VENTURINHA" há tempos atrás
Dois "trigos" e dois bagaços
Duas mentiras p'lo meio
Três "caralhos" p'rós de Paços,
Vale mais um copo cheio.
Com ar de quem desafia,
Esta tasqueira zangada
Consola quem a arrelia
Com mais uma "caralhada".
Sete horas, e lá vem ela
P'ra atender a clientela
Com o bichinho a morder.
Mas quando alguém a arrelia,
É uma manhã de alegria
Que não se pode perder.
Dois "trigos" e dois bagaços
Duas mentiras p'lo meio
Três "caralhos" p'rós de Paços,
Vale mais um copo cheio.
Com ar de quem desafia,
Esta tasqueira zangada
Consola quem a arrelia
Com mais uma "caralhada".
Sete horas, e lá vem ela
P'ra atender a clientela
Com o bichinho a morder.
Mas quando alguém a arrelia,
É uma manhã de alegria
Que não se pode perder.
2001 - Rodela (A tasca d'Arminda - Pedaços de Nós)
"Na Tasca d'Arminda" - Ilustração
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