programa
13 de Julho
Alvorada - Ao romper do dia repicarão os sinos e serão lançadas salvas de morteiros que anunciarão a festividade.
12,00 - Ao meio dia nova salva de morteiros. Os clássicos Zés P'reiras farão a delícia da pequenada.
15,00 - Dará entrada a excelente Banda Freamundense, sob a regência do sr. Mendes, que percorrerá as artérias principais da freguesia, ao som de lindas melodias, subindo depois ao coreto para esperado concerto.
14 de Julho
De manhã, como no anterior dia, idênticas manifestações.
11,00 - Missa solene, na Igreja Matriz, a grande instrumental pela "capella" do sr. Mendes, com sermão pelo orador sagrado reverendo abade de São Lourenço das Pias.
13,00 - Entrada da Banda de Lousada, seguindo-se respectivo arraial.
15,00 - Início, na Praça, da quermesse.
16,00 - Imponente procissão, imagem de marca destas festividades.
21,00 - Festival nocturno. Iluminação à veneziana com mais de 1.000 lumes.
Certame até de madrugada pelas duas citadas Bandas e uma outra oferecida pela rapaziada desta localidade.
Será queimado bastante fogo do ar e de artifício.
curiosidades
A introdução dos gigantones e cabeçudos nas festas e romarias portuguesas, directa e indirectamente, foi feita através da região espanhola da Galiza, com a importação do costume, por um "vianense", em 1893, para a festa d'Agonia, em Viana do Castelo, depois de uma exibição junto ao túmulo de Santiago, quando se estava a criar o figurino da romaria.
Fonte: Excerto de "tradição que veio para ficar" por Paulo Julião no Diário de Notícias.
Também conhecidos como "gigantes de cortejo", o povo acabaria por importar da cultura galega não só o número em si mas o nome de gigantone. A tradição é, contudo, bem mais antiga, e para Alberto Abreu tem a sua origem nos contos de bons e maus gigantes, inspirados na mitologia germânica, mais tarde popularizados em histórias infantis.
Aparecendo sempre indissociáveis das figuras gigantes, os cabeçudos representam também uma deformidade, neste caso na cabeça, e são inspirados essencialmente nos gnomos da floresta, "normalmente génios bons". Estas figuras já estão bem enraizadas na cultura popular portuguesa.
A festa não é festa sem a zabumba dos Zés P'reiras e os gigantones, mais conhecidos pela canalha por cabeçudos.
Eles são os responsáveis pelo anunciar das festas ou, melhor, eram pois agora nos últimos anos, têm sido figuras desaparecidas, ficando-se por um grupo de bombos e um ou outro gigante mas longe do preceito doutros tempos.
* Quermesse = Bazar de oferendas
* Lumes ou Lumens = Tijelinhas ou copinhos de barro, revestidas de cera e com pavio, acesas.
Joaquim Mendes Caldas, de Vizela, estreava-se à frente da Banda de Freamunde.
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Joaquim Mendes Caldas |
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