FREAMUNDE/PAÇOS - "DERBYS ETERNOS" (12)
ÉPOCA 77/78
LÁ SE FOI O ENCANTO...
O campeonato dava, entretanto, lugar aos jogos da Taça. Eliminado o Cabeceirense por 4-0, em dia de enorme temporal, o sorteio ditou, para a 2ª eliminatória, um sempre apetecível Freamunde-Paços de Ferreira.
Sob arbitragem de Azevedo Duarte, de Braga, as equipas evoluíram assim:
Freamunde: Miguel, Ribeiro, Viana I, Justino e Luís Afonso; Teodoro Faria (Andrade), Rolando (Martinho) e Viana II; Pinto, Abel e Ernesto.
Treinador/Jogador: Rolando
Em baixo: Rolando, Teodoro Faria, Luìs Afonso, Gonçalves e Ernesto
Paços de Ferreira: Luz, Artur, Zé Manel, Quim e Jorge Leal; Pinto, Hélder Ernesto e Dias; Pincho, Capitão Mor e Juvenal.
Treinador: Custódio Pinto
Marcadores: Pincho e Pinto
Alguma vez tinha que acontecer. E aconteceu mesmo, no "Carvalhal", onde o Paços (um "colosso" financeiro sobre um "remediado") acabou com o feitiço que lhe esmagava a alma há vinte e cinco anos. O Freamunde já dava sinais de alguma debilidade, parecia morto mas não queria perder o jogo. A tradição era para manter. Mas o borrego, velho, moribundo, a cheirar a mofo, sentiu, finalmente, o cutelo no pescoço.
Os pacenses, que disputavam o escalão superior (2ª Divisão Nacional), venceram por 2-0 e fizeram chorar, amargamente, os freamundenses no final daquele encontro.
Nessa fatídica tarde o "azul" não brilhou, não raiou, eclipsou-se. Os jogadores equivocaram-se tacticamente, actuaram desprovidos da inspiração necessária, sem mística - teria cabado? -, enfim, toda a estrutura dos locais desiludiu.
Não foi por lhe faltar um ou outro jogador que o Freamunde perdeu. Não. Foi mais uma questão de azar e de... pernas, embora faltasse mais qualquer coisa. Por exemplo: Rolando, o "nosso" treinador, ainda não sabia sentir o pulsar emocional dos seus atletas. Alguns jogadores "temiam", mesmo, as suas capacidades.
O importante é que não faltasse a cabeça para o resto do campeonato.
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