Festas Sebastianas
Do amalgamar constante do seu querer, mais umas Festas sairão a enobrecer o bairrismo, a chama viva que emblema o peito de todos os freamundenses.
Somos todos, todos a desejar que elas tragam o luzimento que se identifica à chama rubra da nossa Alma, ardendo em fé no progresso e no misticismo que em si a anima. Dar-lhes continuidade, em tão subido apreço, seria tarefa de honrar, mas... sentimos que com mais sacrifício iremos fazer melhor. Nada impedirá que as nossas Festas sejam o que a nossa massa unida pretende, para assim nos julgarmos dignos da honra da visita de quem connosco vive a transcendência do entusiasmo dos momentos de alegre exaltação.
Empenhados no melhor cumprimento do nosso dever, integrados da missão que nos cabe, senhores dos moldes de cortesia para com os forasteiros - desde o mais humilde ao mais elevado - cientes da realidade matemática da rara nota por Elas alcançada, vivendo a euforia do prazer espiritual que ofertamos, imolando no altar da modéstia todas as nossas forças para que os visitantes, sem intransigente excepção, se sintam «em sua casa» maior orgulho e responsabilidade nos não cabe.
Na garrida e típica Freamunde, onde vive o heróico esforço dos seus filhos, onde vive em febril tumultuar a tradição, em letra morta no que ela tem de pernicioso, três dias - os das suas festas - materializarão a irrequietude dum povo que, acima de tudo, sabe o que quer.
Que no íntimo de qualquer particularidade das manifestações do seu completo programa, tragam a felicidade dumas horas bem passadas, desejo nosso sempre fôra.
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| Cartaz de 1955 |
programa
9 de Julho
Alvorada - Estrondoso fogo. Zés P'reiras, gigantones e cabeçudos.
10 de Julho
07,00 - Alvorada com abundante fogo.
08,00 - Entrada da Banda de Freamunde.
11,00 - Missa Solene a grande instrumental, subindo ao púlpito um distinto orador sagrado.
15,00 - Entrada da afamada Banda Musical de Vila Verde.
19,00 - A tradicional, característica e majestosa Procissão de S. Sebastião em que devem tomar parte a veneranda Confraria Confraria da Ordem Terceira e outras, Irmandades, Pias Uniões, Associações religiosas, numeroso grupo de anjos e querubins e lindos andores, e que percorrerá o itinerário do costume, precedida dum luzido grupo de lanceiros.
22,00 - Início do surpreendente Arraial Nocturno com feéricas iluminações, subindo aos seus coretos as citas Bandas para deleitarem os forasteiros com a magia da Dina Arte.
00,00 - Sensacional certame de Fogo de Artifício por dois hábeis pirotécnicos.
02,00 - Encerramento deste dia de festa com a corrida de uma bravíssima Vaca de Fogo.
11 de Julho
15,00 - Grande Festival Desportivo.
17,00 - Entrada dos Ranchos folclóricos das freguesias circunvizinhas acompanhados de duas Bandas de música.
23,00 - Desfile do grandioso Cortejo Luminoso e Alegórico a que prestarão concurso a indústria, o comércio e as colectividades da vila.
Para encerrar as festas será corrida uma furiosa Vaca de Fogo.
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Durante estes dois dias funcionará um grandioso bazar com valiosas prendas
curiosidades
Comissão de Honra - Dr. António Chaves (P), Abílio Pacheco de Barros, António Pereira da Costa, Dr. Amâncio Leão, Dr. Cândido Barros e Padre Ângelo Ferreira Pacheco.
Comissão Executiva - José Maria Gomes Taipa (P), Anselmo Ferreira Marques, Joaquim Ribeiro de Sousa, José Pinto Marques "Baião", José Taipa Rego "Casalinho" e Valentim Pinto de Moura.
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| José Maria Gomes Taipa |
Cortejo alegórico - Participação de Lepoldo Pontes Saraiva. A maioria dos carros eram patrocinados pelas principais fábricas da Vila (Fábrica Grande, Fábrica do Calvário, Telme, Pinto de Moura...).
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| Leopoldo Saraiva |
Custo global das festas - 36 contos, aproximadamente.
Algumas despesas
Iluminador - Bernardo Barreira, de Guimarães (5.000$00).
Pirotécnicos - Pontes, de Lustosa, e Teles, de Sobrão (5.000$00, cada).
Bandas de Música - Marcial de Freamunde (1.200$00) e Musical de Vila Verde (3.000$00
Realizações para angariação de fundos
Peditório pela freguesia e Quermesse.
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