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| Cartaz de 1969 |
programa
12 de Julho
A Vila de Freamunde apresenta-se já com os primeiros ornamentos para as suas grandiosas Festas dedicadas a S. Sebastião.
Zés P´reiras, Gigantones e Cabeçudos farão as vésperas por toda a vila.
13 de Julho
11,00 - Missa Solene a grande instrumental pela capela da Banda Marcial de Freamunde, subindo ao púlpito um distinto orador sacro.
14,00 - Entrada da Banda de Música da Polícia de Segurança Pública do Porto.
15,00 - Concerto pelas Bandas de Música de Freamunde e da Polícia de Segurança Pública do Porto.
19,00 - Imponente Procissão de S. Sebastião percorrerá a parte central da Vila.
21,00 - Arraial Nocturno. Novos concertos pelas já citadas Bandas.
As Festas deste dia encerrarão com a corrida de uma Vaca de Fogo.
14 de Julho
15,00 - Várias diversões, incluindo a exibição de Ranchos Folclóricos.
Novo concerto pela Banda Marcial de Freamunde.
21,00 - Grande Festival de Variedades.
24,00 - Desfile do já tradicional Cortejo Luminoso e Alegórico.
02,00 - Grande sessão de fogo de artifício e corrida de uma bravíssima Vaca de Fogo.
curiosidades
Comissão Executiva - Bento Abílio da Silva Freire (P), Alberto Martins Pereira, Aprígio Sousa Ribeiro, Claudino Ribeiro Nunes "Manaco", David Meireles Ribeiro, Francisco Fernando Neto Melo "Xico Melo", Joaquim Fernando Sousa Ribeiro, José Maria de Bessa Veloso, José Ribeiro, Manuel Fernando Neto Moreira, Maximino Ribeiro da Costa "Candeeiro" e Serafim Pereira Gomes "Colina".
(Os "festeiros" estrearam fatiota a condizer. Perfeita a logística delineada com escalas para tudo).
Custo global das Festas - 125 contos, aproximadamente.
(O que sobrou, foi direitinho para a compra e oferecimento de opas novas a todas as Confrarias, e aparelhagem sonora (cornetas) a ser colocada no campo do "Carvalhal").
Factos mais relevantes
Várias meninas ajudaram, percorrendo toda a freguesia, no peditório e venda de bilhetes para sorteio de 1 televisor e de 1 rádio.
As ofertas variaram entre os 5$00 e os 500$00.
A comissão decidiu atribuir um prémio (relógio de ouro) a quem conseguisse angariar mais dinheiro. Venceu a menina Olívia Malheiro.
A todas as outras colegas de peditório foi-lhes oferecida uma medalha comemorativa revestida em ouro com a efígie do Mártir S. Sebastião.
Aos restantes colaboradores a comissão "equipou-os" com 1 casaco de malha e 1 camisa "Triple Marfel". Um "luxo", para a época.
Durante o ano, e no intuito de serem conseguidos alguns "fundos", a comissão serviu-se da sala da ASMF para exibição de Ranchos Folclóricos (destaque para a participação do Etnográfico da Reguenga) e de cantares ao desafio (descantes populares).
Foi solicitada à Câmara Municipal a necessidade de obrigar todos os proprietários a procederem à caiação dos seus prédios e muros que marginam as ruas mais centrais da vila, para assim apresentarem, a quem nos visitasse, um aspecto mais asseado.
Cortejo Luminoso e Alegórico - Mesmo "sofrendo" com a inesperada apatia da indústria e comércio local, vários carros "saíram" da Fábrica Grande, local de partida encontrado desta vez. A marcha terminava em Leigal (só uma passagem).
Alguns carros tiveram o patrocínio da Fábrica Grande ("Coches", como tema), Fábrica do Calvário e Camisaria da Rua do Comércio.
Claudino "Sendão", Manuel "da Bouça" e Domingos Lopes (autor de "Apolo", foguetão iluminado e com som) foram "artistas" na confecção de outros tantos carros.
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| Carro alegórico "Coches" |
O Bar da Cantina das Escolas passou a ser explorado, nos dias principais, pelos "festeiros", com a ajuda de uma denominada "comissão de solteiros".
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| Bar da Cantina |
Iluminação - Cobrada pelo serviço a quantia de 24.000$00. Os arcos prolongaram-se desde a Drogaria Brito até às Escolas das "meninas", na Rua do Comércio, e do Cruzeiro até ao Café Teles.
Bandas de Música - As congéneres de Freamunde e da Polícia de Segurança Pública do Porto "levaram" pelo serviço a quantia de 5.500$00, cada.
Missa Solene: Foi orador sagrado o Padre de Frazão.
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Hino a Freamunde, pelo Rancho da firma L. Menezes, cantado durante o percurso da Marcha, com letra de Fernando Santos e música de Francisco Pinto (Chico Flauta)
Freamunde é nossa terra
Mais nenhuma outra encerra
Tanta beleza.
P'ra cá da Serra d'Agrela
Não há outra igual a ela,
Não há com certeza.
Fez do trabalho um brasão
E tem o mago condão
De toda a gente encantar,
Quem Freamunde conhece
Nunca mais dela se esquece
Nem mais a pode deixar.
REFRÃO
Olhai ó gente
A marcha de Freamunde
Que mais nenhuma confunde
Cheia de cor e de graça,
Cá vai contente
Fazendo da noite dia,
Inundando d'alegria
As ruas por onde passa.
Anda com ela
Mete o braço no meu braço
Acerta comigo o passo
E deixa a alma cantar.
Se a vida é bela
Mais bela se torna ainda
Quando em alegria infinda
Vai Freamunde a passar.
Nascida entre Douro e Minho
Freamunde meu cantinho
É joia fulgente
Encastoada a preceito
No estribo do nosso peito
Vive eternamente
Tens tal valor terra amada
Apesar de desprezada
Em tudo és sempre a primeira
Defende o nome de bem
Não deves nada a ninguém
E segue sempre altaneira.
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